Não há nada de errado com o sexo!
- Junior Meireles
- 6 de mai. de 2020
- 4 min de leitura
Atualizado: 28 de dez. de 2020

Sexo é um daqueles assuntos que mexem com a cabeça e com os hormônios das pessoas em todas as eras, idades, classe social ou religião.
Foi assim no passado e é assim na sociedade em que vivemos.
Até ouso dizer que em nossos dias, o sexo e a sexualidade estão presentes em todos os traços da nossa cultura.
Nas bancas de revistas, jornais, outdoors, banners, propagandas, filmes, novelas, séries de TV, nos livros, na música e ao alcance das mãos podendo ser acessado do celular com apenas um clique.
SOCIEDADE HIPERSEXUALIZADA!
Tudo isso mostra que não bastasse o fato de nós seres humanos sermos seres sexuais, nossa cultura também se tornou uma cultura hipersexualizada capaz de gerar estímulos cada vez mais intensos em nós.
No entanto, o grande problema da sociedade atual, é a má interpretação do que de fato é o sexo.
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Albert Mohler Jr em seu livro Desejo e engano nos alerta sobre os riscos das controvérsias em relação ao sexo em uma sociedade hipersexualizada!
Mohler diz: "Parece não haver nenhuma parte de nossa cultura que não esteja lidando, de uma maneira ou de outra, com a sexualidade envolvendo, frequentemente, significativa controvérsia".
A ideia de Mohler é simples: o sexo não poupa ninguém, todo mundo está lidando de alguma forma com o sexo, mas será que estamos lidando com ele de maneira correta?
A resposta é não!
No mundo, as pessoas banalizaram o sexo.
E por mais incrível que possa parecer, a maioria das controvérsias sobre sexo e sexualidade estão no meio cristão.
Sério, a maioria das controvérsias sobre sexo partem da má interpretação das Escrituras e da falta do entendimento dos cristãos do que de fato significa o sexo no propósito de Deus.
SEXO É RUIM?
Uma das maiores controvérsias que insistem em permanecer entre os seres humanos em relação ao sexo é a de que o sexo é algo ruim.
E pasmem, essa controvérsia surgiu a partir da interpretação bíblica de um dos teólogos mais respeitados entre os estudiosos das Escrituras: Agostinho de Hipona (Santo Agostinho para os católicos).
Agostinho foi um teólogo do século 4, que reformou de forma radical a visão cristã do sexo.
Ele argumentava que o desejo sexual - a luxúria - tinha levado Adão a aceitar a proposta de Eva de provar do fruto proibido da Árvore do conhecimento do bem e do mal.
Desta forma, pela primeira vez, o desejo sexual foi associado com a origem dos pecados e daí por diante começaram a dizer que o pecado de Adão e Eva foi ter feito sexo e que a maçã do Éden era um tipo de tentação sexual.
A associação entre sexo e pecado feita por Santo Agostinho deixou muitos cristãos com uma sensação de vergonha diante do desejo sexual e o ato de saciá-lo.
A REFORMA SEXUAL!
Aproximadamente mil anos depois de Agostinho, Lutero e os reformadores rejeitaram completamente a visão de Agostinho sobre sexo e a sexualidade cristã.
Lutero era um monge Agostiniano e respeitava profundamente o pensamento de Agostinho.
Mas discordava veementemente dele em sua interpretação sobre a sexualidade.
Lutero rejeitou os ensinamentos de Agostinho de que o sexo era pecaminoso.
Declarou que o sexo entre um homem e uma mulher era um presente de Deus, desde que praticado dentro do casamento.
Lutero também abandonou a tradição católica segundo a qual todos os sacerdotes devem ser celibatários, alertando que os desejos sexuais dos sacerdotes podem acabar sendo canalizados em direções perigosas.
Desta forma, Lutero estimulou os sacerdotes protestantes a se casarem e pregou pelo exemplo, ao se casar com Catarina Von Bora.
SEXO NÃO É RUIM!
O problema é que com frequência o sexo vem sendo interpretado em muitas igrejas a partir da visão de Agostinho.
Podemos ver pastores, padres e lideres cristãos falando sobre sexo de maneira que faz parecer que o ato sexual é nojento, repugnante e pecaminoso.
Eles tentam condenar os atos sexuais que geram práticas pecaminosas, mas não sabem explicar que embora possam existir atos sexuais pecaminosos, o sexo em sua essência não é e jamais será ruim ou pecaminoso.
É verdade que, a maneira como lidamos com o sexo e a concepção que temos dele podem ser ruins e capazes de gerar problemas, mas o sexo não é o problema!
Sexo é bom!
Sexo é bênção de Deus.
O SEXO É UMA BÊNÇÃO DE DEUS:
No plano original de Deus não há nada de errado com o sexo, sexo é bom, foi Deus quem criou e foi Ele quem nos tornou seres sexuais.
Deus poderia ter nos criado como amebas que se auto reproduzem – sem a necessidade de outro ser.
Mas Ele decidiu nos fazer sexuais e dependentes de outro ser para exercer nossa sexualidade.
Não apenas isto, Deus também decidiu que o ato sexual seria prazeroso.
Desta forma, diferente dos animais que fazem sexo simplesmente por instinto e para reprodução. Nós seres humanos praticamos o sexo para dar e receber prazer e isso é uma bênção de Deus.
Quero que você entenda que no plano original de Deus para o sexo não há nada de errado nele, o erro acontece quando usamos o sexo fora do plano de Deus.
Neste caso, podemos sim atrair resultados ruins sobre nossas vidas e sobre nossa sexualidade.
NÃO ACREDITE EM QUEM DIZ QUE O SEXO É RUIM!
Qualquer pregador ou pregação que tente mostrar que o sexo é algo ruim, que é um mal e não uma dádiva a ser celebrada, está distante da visão cristã sobre sexo.
Precisamos sim, estabelecer limites bíblicos para a expressão do nosso desejo e satisfação do prazer sexual.
Mas não podemos em hipótese alguma ignorar o fato de que o sexo é uma bênção de Deus, que é um ato glorioso e cheio de potencial para glorificar a Deus.
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